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Tem apenas 1,72 m, mas é um gigante na baliza. André Sousa, guarda-redes de futsal do Instituto D. João V, até começou no futebol 11, mas depressa percebeu que o seu dom estava no futsal, onde a sua função é defender os remates dos adversários. Coragem e ousadia, diz André Sousa, são dois ingredientes que os guarda-redes terão de ter. O Benfica será o próximo adversário no playoff do campeonato nacional. O internacional português, que está na história por ser o primeiro guardião a marcar um golo por Portugal, acredita que a sua equipa pode conseguir uma final.
Perfil:
Nome: André Sousa
Data de nascimento: 1986-02-25 (25 anos)
Clubes: Ac. Coimbra e Instituo D. João V
Começou no futebol 11 na Ac. Coimbra, mas foi no futsal que triunfou. Porque é que decidiu enveredar por esta modalidade?A minha carreira começou aos 8 anos no futebol de 11, até aos 12 anos. Não sei explicar muito bem o porquê, mas talvez pela minha baixa estatura física, deixei de ser opção técnica, e por convite de um amigo, decidi experimentar o futsal! A paixão foi instantânea, e por isso, permaneço nesta grande modalidade, e por cá espero continuar durante muito e bons anos.
A posição de guarda-redes no futsal é muito específica. Costuma dizer-se que é preciso ter muita coragem para dar o corpo aos potentes remates...Quem escolhe esta posição sabe o que vai encontrar e a coragem e a ousadia são características importantes a ter. Nós, guarda-redes, temos responsabilidades acrescidas em qualquer modalidade, temos a tarefa mais complicada e mais específica em todo o conjunto, não convém falhar. O mais importante de tudo é não deixar a bola entrar, seja qual for a parte do corpo a utilizar. É como costumo dizer, em tom de brincadeira: “Ossos do ofício”.
Quais as suas referências enquanto guarda-redes de futsal?R: Não tenho nenhum guarda-redes como grande referência, posso, talvez, dizer que tenho algumas parecenças com o Tiago (guardião brasileiro), pela sua rapidez entre os postes e pelo seu bom jogo de pés.
Qual na sua opinião o jogador mais difícil que já defrontou?
Já tive a “felicidade” de jogar contra jogadores de grande qualidade. Recordo 3 jogadores: Ricardinho, Joel Queiroz e Divanei, pelas suas grandes capacidades técnicas e imprevisibilidade que acrescentam ao jogo, que em qualquer momento podem criar desequilíbrios.
Depois de jogar no futsal da Académica, foi para o Instituto. Como surgiu o convite?O convite surgiu por intermédio do Nuno Dias, que já era, na altura, treinador da equipa. Jogava-se a época de 2006/2007. Já no ano anterior tinha surgido o convite, mas na altura não achei o mais indicado, pois necessitava de mais experiência e à partida iria jogar regularmente na Académica, ajudando-a também a atingir os seus objectivos na altura. No ano seguinte o Nuno ligou-me novamente, e conversamos mais seriamente da possibilidade de ir jogar para o Instituto. E nessa altura, decidi aceitar o convite.
Que principais diferenças que encontrou quando chegou ao Louriçal?Têm sido uma aprendizagem constante. A afirmação foi sendo progressiva, em que nos 2 primeiros anos ia alternando a titularidade com o Pascal, aproveitando também para evoluir com excelentes jogadores e muito experientes. Estes 2 últimos anos, foram mais regulares, o que me ajudou a evoluir e a afirmar no panorama nacional.
O próximo adversário nos playoff do campeonato nacional é a forte equipa do Benfica, o que espera desses jogos?Os nossos principais objectivos da época estão cumpridos. Atingimos, com distinção, a meia-final do campeonato nacional de futsal, depois de ultrapassar a difícil equipa do Módicus. Contudo, esta foi uma etapa já atingida por nós o ano passado, eliminados pelo Sporting. Este ano gostávamos de chegar mais longe, e jogar uma final, é para nós uma forte vontade. Para isso, temos de jogar contra um Benfica muito forte, ferido pela perca de dois títulos importantes (Taça de Portugal e Uefa futsal Cup). Acredito, que se ganharmos o 1º jogo em nossa casa, ficamos em condições de ir discutir um dos 2 jogos que faltam, para nos dar a passagem a uma final. Partimos em desvantagem, é certo, mas vamos lutar com todas as nossas armas para tentar o acesso à final.
Sonha representar um grande do campeonato português?Não vejo esse objectivo como uma obsessão. Obviamente que era uma experiência extremamente enriquecedora, a todos os níveis, representar um dos grandes e conseguir jogar ao lado dos melhores jogadores do campeonato nacional. A verdade é que, tendo permanecido em Coimbra, consegui conciliar o futsal e os estudos, e acabo por concluir o meu curso universitário de Desporto e Educação Física que foi sempre uma meta que quis atingir. Trabalho diariamente para estar em forma e poder ir evoluindo, e se surgir uma proposta que seja boa para mim em termos pessoais e desportivos, obviamente que irei pensar seriamente.
Jogar no estrangeiro é um objectivo?Em todos estes anos de sénior fui sempre atingido pequenos patamares com alguma segurança. A passagem dos juniores para os seniores com alguns jogos importantes, ainda que nem sempre titular, uma segunda época de afirmação e a passagem para o Instituto. Depois, dois anos de primeira divisão com bons momentos, mas ainda não tão constantes e regulares como acho que agora consigo atingir no final desta quarta época de primeira divisão. Admito, apesar de tudo, que seja mais fácil a passagem para um estatuto de profissional em Portugal para que estes passos se mantenham na linha do que tem sido toda a minha carreira. Seria estranha a passagem do Instituto para um outro campeonato, mas a verdade é que estas coisas não se podem, por vezes, prever assim tão bem. A ver vamos…
Quais são para si os maiores responsáveis pela sua chegada à 1ª divisão e à selecção nacional?A nível pessoal destaco a minha família pelo acompanhamento incansável a todos os jogos, principalmente o meu pai e o meu irmão, sempre que possível, estão presentes a demonstrar o seu apoio. A nível desportivo destaco dois treinadores que tiveram um peso importante na minha evolução: Francisco Baptista, que foi o meu 1º treinador enquanto sénior na Académica, e com a sua forte personalidade acreditou em mim e nas minhas capacidades; e o Nuno Dias, primeiro porque foi ele que me convidou para ir jogar para a primeira divisão, acreditando no meu potencial e talento, e depois por todos os seus ensinamentos. Um apaixonado pela modalidade, extremamente inteligente e um verdadeiro líder.
Qual foi a sensação que teve aquando da primeira convocatória para a Selecção Nacional?Foi uma alegria imensa, é sempre um enorme orgulho representar as cores do nosso país e termos a hipóteses de jogar com os jogadores de elite nacional, muitos deles que marcaram e marcam uma geração no futsal português. Depois da primeira convocatória para os Jogos da Lusofonia, onde foram chamados jogadores mais jovens, a 1ª presença com a selecção foi logo para um campeonato da Europa, na Hungria, o ano passado. Ou seja, foi logo a “doer”. Apesar de não ter jogado foi um mês muito intenso em que me ajudou a evoluir imenso, não só enquanto atleta, mas também enquanto homem. Excelente experiência.
O que se sente ao vestir aquela camisola?Por um lado é um prazer enorme, mas por outro, uma grande responsabilidade, pois representamos um país cheio de história e mística, com grande crescimento na modalidade.
Fez história ao ser o primeiro guarda-redes a marcar um golo pela selecção nacional. O que significa para si?Foi um momento especial. Apesar de não ser minha função, se puder ajudar melhor. Sei que fiquei para a história, mas apesar de tudo, procuro, como qualquer outro jogador, mostrar ser capaz de corresponder às expectativas daqueles que reconheceram as minhas capacidades. A meu ver, o mais difícil não é chegar lá, mas sim mantermo-nos. Continuarei a trabalhar para fazer parte das escolhas.
Fonte: Modalidades.com
Perfil:
Nome: André Sousa
Data de nascimento: 1986-02-25 (25 anos)
Clubes: Ac. Coimbra e Instituo D. João V
Começou no futebol 11 na Ac. Coimbra, mas foi no futsal que triunfou. Porque é que decidiu enveredar por esta modalidade?A minha carreira começou aos 8 anos no futebol de 11, até aos 12 anos. Não sei explicar muito bem o porquê, mas talvez pela minha baixa estatura física, deixei de ser opção técnica, e por convite de um amigo, decidi experimentar o futsal! A paixão foi instantânea, e por isso, permaneço nesta grande modalidade, e por cá espero continuar durante muito e bons anos.
A posição de guarda-redes no futsal é muito específica. Costuma dizer-se que é preciso ter muita coragem para dar o corpo aos potentes remates...Quem escolhe esta posição sabe o que vai encontrar e a coragem e a ousadia são características importantes a ter. Nós, guarda-redes, temos responsabilidades acrescidas em qualquer modalidade, temos a tarefa mais complicada e mais específica em todo o conjunto, não convém falhar. O mais importante de tudo é não deixar a bola entrar, seja qual for a parte do corpo a utilizar. É como costumo dizer, em tom de brincadeira: “Ossos do ofício”.
Quais as suas referências enquanto guarda-redes de futsal?R: Não tenho nenhum guarda-redes como grande referência, posso, talvez, dizer que tenho algumas parecenças com o Tiago (guardião brasileiro), pela sua rapidez entre os postes e pelo seu bom jogo de pés.
Qual na sua opinião o jogador mais difícil que já defrontou?
Já tive a “felicidade” de jogar contra jogadores de grande qualidade. Recordo 3 jogadores: Ricardinho, Joel Queiroz e Divanei, pelas suas grandes capacidades técnicas e imprevisibilidade que acrescentam ao jogo, que em qualquer momento podem criar desequilíbrios.
Depois de jogar no futsal da Académica, foi para o Instituto. Como surgiu o convite?O convite surgiu por intermédio do Nuno Dias, que já era, na altura, treinador da equipa. Jogava-se a época de 2006/2007. Já no ano anterior tinha surgido o convite, mas na altura não achei o mais indicado, pois necessitava de mais experiência e à partida iria jogar regularmente na Académica, ajudando-a também a atingir os seus objectivos na altura. No ano seguinte o Nuno ligou-me novamente, e conversamos mais seriamente da possibilidade de ir jogar para o Instituto. E nessa altura, decidi aceitar o convite.
Que principais diferenças que encontrou quando chegou ao Louriçal?Têm sido uma aprendizagem constante. A afirmação foi sendo progressiva, em que nos 2 primeiros anos ia alternando a titularidade com o Pascal, aproveitando também para evoluir com excelentes jogadores e muito experientes. Estes 2 últimos anos, foram mais regulares, o que me ajudou a evoluir e a afirmar no panorama nacional.
O próximo adversário nos playoff do campeonato nacional é a forte equipa do Benfica, o que espera desses jogos?Os nossos principais objectivos da época estão cumpridos. Atingimos, com distinção, a meia-final do campeonato nacional de futsal, depois de ultrapassar a difícil equipa do Módicus. Contudo, esta foi uma etapa já atingida por nós o ano passado, eliminados pelo Sporting. Este ano gostávamos de chegar mais longe, e jogar uma final, é para nós uma forte vontade. Para isso, temos de jogar contra um Benfica muito forte, ferido pela perca de dois títulos importantes (Taça de Portugal e Uefa futsal Cup). Acredito, que se ganharmos o 1º jogo em nossa casa, ficamos em condições de ir discutir um dos 2 jogos que faltam, para nos dar a passagem a uma final. Partimos em desvantagem, é certo, mas vamos lutar com todas as nossas armas para tentar o acesso à final.
Sonha representar um grande do campeonato português?Não vejo esse objectivo como uma obsessão. Obviamente que era uma experiência extremamente enriquecedora, a todos os níveis, representar um dos grandes e conseguir jogar ao lado dos melhores jogadores do campeonato nacional. A verdade é que, tendo permanecido em Coimbra, consegui conciliar o futsal e os estudos, e acabo por concluir o meu curso universitário de Desporto e Educação Física que foi sempre uma meta que quis atingir. Trabalho diariamente para estar em forma e poder ir evoluindo, e se surgir uma proposta que seja boa para mim em termos pessoais e desportivos, obviamente que irei pensar seriamente.
Jogar no estrangeiro é um objectivo?Em todos estes anos de sénior fui sempre atingido pequenos patamares com alguma segurança. A passagem dos juniores para os seniores com alguns jogos importantes, ainda que nem sempre titular, uma segunda época de afirmação e a passagem para o Instituto. Depois, dois anos de primeira divisão com bons momentos, mas ainda não tão constantes e regulares como acho que agora consigo atingir no final desta quarta época de primeira divisão. Admito, apesar de tudo, que seja mais fácil a passagem para um estatuto de profissional em Portugal para que estes passos se mantenham na linha do que tem sido toda a minha carreira. Seria estranha a passagem do Instituto para um outro campeonato, mas a verdade é que estas coisas não se podem, por vezes, prever assim tão bem. A ver vamos…
Quais são para si os maiores responsáveis pela sua chegada à 1ª divisão e à selecção nacional?A nível pessoal destaco a minha família pelo acompanhamento incansável a todos os jogos, principalmente o meu pai e o meu irmão, sempre que possível, estão presentes a demonstrar o seu apoio. A nível desportivo destaco dois treinadores que tiveram um peso importante na minha evolução: Francisco Baptista, que foi o meu 1º treinador enquanto sénior na Académica, e com a sua forte personalidade acreditou em mim e nas minhas capacidades; e o Nuno Dias, primeiro porque foi ele que me convidou para ir jogar para a primeira divisão, acreditando no meu potencial e talento, e depois por todos os seus ensinamentos. Um apaixonado pela modalidade, extremamente inteligente e um verdadeiro líder.
Qual foi a sensação que teve aquando da primeira convocatória para a Selecção Nacional?Foi uma alegria imensa, é sempre um enorme orgulho representar as cores do nosso país e termos a hipóteses de jogar com os jogadores de elite nacional, muitos deles que marcaram e marcam uma geração no futsal português. Depois da primeira convocatória para os Jogos da Lusofonia, onde foram chamados jogadores mais jovens, a 1ª presença com a selecção foi logo para um campeonato da Europa, na Hungria, o ano passado. Ou seja, foi logo a “doer”. Apesar de não ter jogado foi um mês muito intenso em que me ajudou a evoluir imenso, não só enquanto atleta, mas também enquanto homem. Excelente experiência.
O que se sente ao vestir aquela camisola?Por um lado é um prazer enorme, mas por outro, uma grande responsabilidade, pois representamos um país cheio de história e mística, com grande crescimento na modalidade.
Fez história ao ser o primeiro guarda-redes a marcar um golo pela selecção nacional. O que significa para si?Foi um momento especial. Apesar de não ser minha função, se puder ajudar melhor. Sei que fiquei para a história, mas apesar de tudo, procuro, como qualquer outro jogador, mostrar ser capaz de corresponder às expectativas daqueles que reconheceram as minhas capacidades. A meu ver, o mais difícil não é chegar lá, mas sim mantermo-nos. Continuarei a trabalhar para fazer parte das escolhas.
Fonte: Modalidades.com